O Brasil está quase todo coberto por uma enorme nuvem de fumaça. Apesar de quase não ter nuvens sobre o País, as pessoas não estão conseguindo ver o céu azul em muitos Estados brasileiros. Conforme a Climatempo, nos próximos dias, a fumaça deve atingir o Uruguai e também a Argentina, misturando-se com as queimadas que já estão acontecendo por lá.
O Vale do Taquari enfrenta nesta quarta-feira, 11, uma combinação de calor extremo e fumaça proveniente das queimadas que afetam o Brasil. Com temperaturas chegando a 35°C e uma massa de ar seco, a sensação de abafamento aumenta, dificultando a dissipação da fumaça. Rajadas de vento moderadas e nevoeiro em algumas áreas também são esperados.
A partir de quinta-feira, 12, uma frente fria trará alívio, com pancadas de chuva e queda de temperatura. Na sexta-feira, 13, o clima ameno segue, com chuvas fortes e temporais isolados. A população deve ficar atenta à qualidade do ar e às mudanças climáticas.
Inclusive, segundo a empresa de meteorologia, o Centro-norte da Argentina também está com bastante fumaça. Por lá, a fumaça vinda do Brasil acaba se misturando com as queimadas que também estão acontecendo devido ao tempo seco e quente.
Consoante a Climatempo, esse deslocamento é feito por meio da circulação atmosférica. Nos próximos dias, esses ventos estarão bastante intensificados, favorecendo para esse transporte de fumaça em direção ao Sul, chegando até o Rio Grande do Sul e podendo atingir o Uruguai e intensificando a situação na Argentina.
Pelo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) citado pela Climatempo, do dia 1º de janeiro até 7 de setembro deste ano, foram identificados 156.023 focos de fogo no Brasil. É a maior quantidade de focos em 14 anos, para este período, desde 2010, quando foram detectados 163.408 focos.
Até quando teremos fumaça no céu?
Segundo a Climatempo, a fumaça possivelmente terminará quando começara chover com regularidade, quase todos os dias. E que não há previsão deste tipo de chuva, por enquanto.
Além da falta de chuva, o calor intenso, que supera os 40°C em muitas áreas pelo interior do País, também mantém alto o risco de incêndios.
Conforme a projeção da Climatempo, entre os dias 12 e 15 de setembro, muitas áreas do Sul e poucas áreas no extremo sul de São Paulo e na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai poderão ter alguma chuva, mas a maioria do Brasil vai continuar na fumaça, no calor e na seca.