Por Manoela Alves
Na comunidade do Alto Alegre, no interior do município de Camargo, está localizada a Agroindústria Miri, com sua produção de cachaças. Criada há 22 anos por Alvair Miri, ele mantém a tradição utilizando formas artesanais de produção.
“É um trabalho artesanal e manual, que não exige máquinas, mas é um trabalho feito com excelência e com bastante dedicação. Eu sempre quero que as pessoas que compram os produtos fiquem satisfeitas, que presenteiem alguém querido e que façam boas recomendações”, explica Alvair.
O proprietário, que conta hoje com o auxílio de sua companheira, Solana, ressalta que toda a matéria-prima usada na produção é plantada por eles. “Com a produção própria da cana-de-açúcar, eu consigo assegurar o produto que eu estou fabricando e vendendo. No entanto, com a estiagem deste último ano, a produção pode cair, pois a cana não cresceu, nem se desenvolveu como de costume, mas isso não interfere na qualidade do produto oferecido, será apenas uma produção reduzida”, explica.
As cachaças são produzidas uma vez ao ano, nos meses de junho, julho e agosto, quando há a safra da cana. Hoje, a Agroindústria Miri oferece diversidade em seus produtos e nos sabores de suas cachaças e graspas. “Nós temos desde a pura, até a saborizada com funcho, também temos graspas com guaco e mel, com menta e a tradicional. Além disso, fabricamos vinho, vinagre e álcool. Os nossos produtos podem ser adquiridos na feira da agricultura familiar, no Museu Nani Lodi, ou diretamente conosco”, conta Alvair.
Além da cachaça, o casal produz hortaliças
A companheira de Alvair, Solana dos Santos, há muitos anos produz hortaliças e temperos para a comercialização na cidade. A venda das verduras é feita a partir de entregas diretamente ao consumidor, pois a produtora já é conhecida na cidade por seus produtos de qualidade.
“A horta neste local é nova, nós usamos adubo orgânico e, como temos uma pesqueira, eu pude puxar água neste tempo de estiagem. As encomendas estão boas e estamos correndo para dar conta de todos os pedidos”, explica Solana.
Na propriedade são produzidos alface, radite, rúcula e temperos diversos, mas a pretensão é de aumentar quantidade e diversidade de produtos oferecidos. “Nós estamos com a plantação de vagem e de abobrinha chinesa, e eu quero plantar tomates. Nós vamos buscar variar a produção, aproveitando o espaço que temos e a procura pelas verduras”, explica a produtora.
“Nós vendemos conforme a procura. Como ainda não está completa a produção, geralmente me ligam e eu entrego, ou meus clientes vêm até aqui para buscar. O que oferecemos são produtos de qualidade e com preços acessíveis. Como eu trabalho há tempo com esse cultivo, as pessoas já estão acostumadas e valorizam o que nós produzimos aqui”, finaliza.