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A arte de benzer e curar

Geni Zanchin recebe muitas pessoas em sua casa em busca da cura

Por Manoela Alves

 

Benzer é o ato de abençoar alguém ou algo, com o objetivo de afastar o mal de todas as origens. A palavra vem de “tornar bento”, e isso vale para quem aplica a benzedura e para quem recebe. A crença é de que quanto mais abençoamos, mais abençoados seremos.

A moradora de Nova Alvorada Geni Zanchin atende as pessoas que buscam por uma cura por meio de sua reza há mais de 30 anos. “Eu comecei por uma necessidade minha, após alguns problemas de recuperação do pós parto do meu filho. Eu tinha muitas dores de cabeça e fui a procura de uma famosa benzedeira, no Paraguai. Lá ela me falou que via um dom em mim e perguntou se eu queria aprender a benzer, logo aceitei, pois sentia no meu coração este chamado”, conta Geni.

“Quando esta mulher me falou que eu tinha um dom para benzer e curar eu logo quis aprender mais e mais, por isso sempre ia à casa dela. Foi onde aprendi o que sei hoje, incluindo os chás e o cultivo de algumas ervas medicinais e suas propriedades”, continua.

Geni conta que muitas pessoas no município lhe procuram para benzer, pois tem fé nas suas boas intenções quando reza. “Eu todos os dias tenho pessoas para atender aqui em casa, eu já atendi muitos casos, os mais comuns são as dores de cabeça, dores nas costas ou braços, estresse e ansiedade. Final da tarde é o horário mais comum em que sou procurada”, conta.

Ela é muito alegre e feliz, gosta de sair, frequentar o grupo da terceira idade e ter muitas amizades. “Eu gosto de passear, estar junto às minhas plantas e tomar um chimarrão com meu marido. Mas fazer o bem para as pessoas com meus chás e minhas orações é o que me deixa completa, é a minha missão”, explana.

Ainda, Geni fala que em sua rotina diária está a prática de orações todas as manhãs, pois é assim que mantém suas forças e sua cura para ter energia para benzer aos outros. “Muitas vezes as pessoas têm cobreiros e não saram de forma alguma, mesmo tomando diversos remédios. Quando elas vêm aqui e acreditam no que eu faço, a cura logo vem. Eu sempre falo que eu faço as minhas orações, mas quem cura é Deus, eu faço em nome dele. Quando eu rezo, sempre peço a Deus que ajude a curar esta pessoa. Eu gosto muito disso de poder ajudar as pessoas”, argumenta Geni.

Os atendimentos de Geni não são cobrados com dinheiro, pois ela entende que não se pode colocar um valor material nas suas boas ações. Apenas os chás são vendidos, mas pelo preço de custo. “Isso não é uma profissão para ser cobrada, mas uma missão de vida. As pessoas são gratas e eu ganho muitas coisas de presente e sou muito agradecida por cada gesto de carinho que eu recebo”, fala.

Geni mantém ainda uma horta medicinal em sua casa, a qual ela cuida com muito zelo, pois é dali que é tirado as matérias primas para seus chás e remédios. “Eu sou muito grata pelo dom que Deus me deu para ajudar as pessoas em momentos de dificuldade. Como já falei antes, isso é uma dádiva, é a minha missão”, finaliza.

 

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