Após 22 dias de internação, a itapuquense se recupera em casa junto à família
Por Manoela Alves
Um grande susto tomou conta da família de Sabrina da Luz, de apenas 21 anos. Ela foi encontrada em casa desacordada por uma amiga, que se preocupou com sua ausência no trabalho naquele dia. A jovem ficou internada por 22 dias, sendo oito deles em coma.
A irmã de Sabrina, Margarete, foi quem esteve ao lado da jovem todo tempo no hospital. Ela conta que a irmã sentia fortes dores de cabeça, que sempre eram tratadas como enxaqueca. Sabrina, que é portadora de diabetes mellitus (tipo 1), realizava aplicação de insulina regularmente.
“Ela fez duas tomografias no mês de janeiro, mas não apareceu nada nos resultados. Na última internação, ela recebeu alta no sábado, passou domingo bem em casa e na segunda-feira retornaria para seu trabalho na empresa Basso e Pancotte. Como ela quis ficar sozinha na casa dela, nós achamos que ela estava no trabalho e as colegas que ela ainda estaria de atestado, por isso a demora em encontrarmos ela”, conta a irmã.
Margarete relata que uma colega de trabalho achou estranho ela não responder as mensagens no WhatsApp, sendo sua última visualização às 8h19min. Uma de suas colegas pediu que sua filha fosse à casa de Sabrina para verificar se estava tudo bem.
“Quando a encontraram já era 18h30, a dona da casa que ela mora entrou com uma chave reserva e a encontrou caída ao lado da cama, com o celular fora de alcance para pedir por socorro.
Entraram em contato com o nosso irmão, que a acompanhou até o hospital. O médico que cuidou do caso dela em Arvorezinha solicitou uma nova tomografia para saber por que ela estava com convulsões e não conseguia falar”, explica a irmã.
A demora por um diagnóstico agravou o quadro de Sabrina
A irmã conta que, com o histórico de diabetes de Sabrina, a causa de sua enfermidade sempre era tratada como uma hipoglicemia, mas os resultados dos exames vinham sem alterações, mostrando que seu nível de açúcar no sangue estava normal e controlado.
“O estado dela estava cada vez mais crítico, então o doutor Pedro a encaminhou ao Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo, onde ela permaneceu em estado de coma por oito dias, sem um diagnóstico preciso”, continua Margarete.
“Após nove dias de internação, o diagnóstico de encefalite chegou e, com o tratamento correto, ela abriu os olhos e aos poucos foi se recuperando, permanecendo internada por 22 dias ao todo. Ela ainda não se recorda de tudo que aconteceu neste período, mas está se recuperando bem, graças a Deus”, fala a irmã.
A família agradece a todos que ajudaram e rezaram por ela neste momento
Margarete destaca e agradece a todos pelas palavras de conforto e orações em um momento tão crítico de sua irmã caçula. “Nosso medo era de ela ter sequelas por ter ficado muito tempo sem socorro, mas com a ajuda de Deus e todas as orações que recebemos, ela reagiu sem nenhuma decorrência negativa”.
Sabrina ainda não retornou com suas atividades normalmente, pois ainda se sente fraca, mas está se recuperando de forma gradativa. “Hoje nós podemos dizer que milagre existe. Nossa família só tem a agradecer a Deus pela vida da nossa Sabrina, às colegas de trabalho que se preocupam tanto com ela, agradecer aos médicos e enfermeiras por toda dedicação e carinho que a trataram, ao nosso secretário de Saúde Delavir Scorsatto pela ajuda em um momento tão delicado que passamos. E, claro, agradecer aos amigos, de perto ou de longe, que rezaram e estiveram firmes ao nosso lado. Nossa fé em Deus e nas pessoas está cada vez maior e nós somos muito gratos”, finaliza Margarete.