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A tradição passada de geração em geração

Completando 33 anos de história, a ervateira Bernardon se mantém como um negócio familiar

A Ervateira Bernardon, localizada no município de Camargo, neste ano completará 33 anos. Mas a história teve início muito antes disso, quando o patriarca da família deu início à atividade ervateira. Marcelo Bernardon relembra a história de seu pai Sílvio, que foi quem inspirou a continuidade desse trabalho.

“Meu pai começou ainda no sistema antigo, chamado de carijo, quando secava a erva de forma manual, mas quando começaram a chegar os maquinários modernos, com sistema de secagem rápida, meu pai não quis mais trabalhar com erva. Isso foi há cerca de 40 anos, então eu comecei a trabalhar como motorista de caminhão. Neste intervalo de tempo, meu pai infelizmente adoeceu e faleceu. Após a morte de meu pai, eu retornei para casa e dei início novamente às atividades com erva-mate”, conta.

Ele relembra que a maior parte do trabalho era terceirizado, pois não havia maquinários. “Começamos devagar, eu e mais um funcionário, que está conosco até hoje, e nós fazíamos tudo sozinhos. Depois de um tempo, eu comprei a minha primeira máquina usada, e assim foi dado início ao processo de industrialização”, destaca Marcelo.

 

Tradição passada de pai para filho

Hoje quem está mais à frente dos negócios é Marcelo Bernardon Filho, que foi criado em meio a pacotes de erva-mate, ajudando o pai e o irmão mais velho no trabalho.

“Eu, com 11 anos, já trabalhava carimbando pacotes de erva após a aula, lembro que me pagavam R$3,5 a tarde de trabalho. Sempre estive junto com o pai e o mano ajudando, sempre gostei de estar aqui”, conta Marcelo, o filho.

Deixar um legado familiar é deixar seu nome na história, e a Bernardon está fazendo isso, levando o nome da família para todo canto. “Isso eu não imaginava, sempre achei que eu faria erva e iria vender apenas na cidade de Camargo e região, pois a nossa empresa é familiar, não é uma grande empresa, mas sim uma marca preocupada com a qualidade do nosso produto, com o que os nossos clientes buscam quando compraram a nossa erva”, explana o pai.

Hoje o filho cuida da parte administrativa e da produção, sempre contando com os bons conselhos e experiência do pai, que se envolve mais na parte comercial da matéria-prima. “Nós temos nossa área de terra com erva plantada, que precisa de cuidados e também visito os produtores, para assegurar a qualidade do produto que está sendo oferecido”.

Marcelo Filho afirma que a ervateira seguirá na família. “Eu sempre trabalhei aqui, é o nome da minha família que está aqui. Esse é o nosso negócio, por mais que o momento econômico não esteja tão favorável, após a pandemia, nós acreditamos no nosso produto, na nossa produção e na nossa família”.

Uma família unida que é movida pelas tradições gaúchas, assim como laçar em rodeios, tocar gaita e dançar no CTG, tudo passado de geração em geração. “Nós temos um quarto cheio de troféus das disputas que participamos. Isso é um orgulho muito grande para mim, poder passar os valores que meu pai me passou para os meus filhos. Tenho orgulho e gratidão pela família que tenho”, finaliza.

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