A comunidade de Campo Novo, interior de Fontoura Xavier, é conhecida por seu amor ao tradicionalismo gaúcho, representado pelo CTG Osório Tatim. Essa é a comunidade da família de Eduardo Souza, onde a cultura gaúcha corre nas veias do casal, das filhas gêmeas, Eduarda e Emily, de 19 anos, e do filho Murilo, de 11 anos.
O pai conta como essa história começou. “Eu tinha 11 anos, estudava na escola da localidade e nós, alunos e professoras, construímos o primeiro galpão no terreno da escola, que se transformou no primeiro CTG do Campo Novo, construído no ano seguinte, num terreno doado por um morador da época”.
A partir daí, cada vez mais aumentou o culto e o amor às tradições do Rio Grande, passados para as gerações vindouras, que permanecem muito vivos atualmente.
Souza conta que sempre participa de forma ativa e entusiasmada das programações gauchescas da cidade, nas várias entidades que existem. Esse gosto é muito visível nos filhos. A filha Eduarda, recentemente, encerrou sua gestão como primeira prenda da 14ª Região Tradicionalista. “A Duda gosta demais das tradições, nasceu e se criou nesse meio, dança nas invernadas desde criança, participou de concursos e foi prenda da 14ª RT”, relata um pai orgulhoso por ver em sua filha, o mesmo amor que ele dedica ao tradicionalismo. “Ela participou do concurso estadual recentemente e nos representou muito bem, nos enchendo de orgulho”, destaca, lembrando que o CTG da comunidade é do interior, o que não impede que realize um belíssimo trabalho. “No nosso CTG, realizamos muitas atividades, não tem tempo ruim”, conta. A filha Emily também segue os passos da irmã e participa do CTG, assim como o filho Murilo. A esposa de Eduardo é grande incentivadora dos filhos, sempre ao seu lado, acompanhando-os nas atividades tradicionalistas.
Eduardo, emociona-se ao falar da sua trajetória e de sua família dentro do CTG Osório Tatim, do qual foi patrão há alguns anos. “Lembro de tudo o que já vivemos dentro do CTG e me emociono; vendo meus filhos seguindo o mesmo caminho, me deixa muito feliz e realizado”, relata, agradecido por tudo o que o gauchismo representa para a família, seus ancestrais e futuras gerações.