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Após carta de Bolsonaro caminhoneiros encerram os bloqueios

Na quinta-feira, 09 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro divulgou uma carta a Nação após se reunir com o ex-presidente Michel Temer onde afirma que “Nunca teve nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. “A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”.

A carta foi considerada por especialistas como um recuo, diante dos ataques que presidente proferiu ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes.

Temer foi um dos articuladores desse “recuo” por parte de Bolsonaro, ele afirmou em uma entrevista que não acredita em uma nova crise institucional. “Vi entusiasmo nele, nas pessoas que se manifestaram e nas pessoas do governo, que eu não vejo risco de nova tensão, mas evidentemente não posso garantir o que vai acontecer lá na frente. Mas não creio em recuo, é um documento escrito, não é uma fala verbal”.

Ele afirmou também que que convenceu Bolsonaro a assinar o manifesto com o argumento de que todos ganhariam com o gesto. “Fiz uma conversa inicial com ele, antes de apresentar o documento, mostrando que era importante para o país. Que ele, como presidente da República, deveria também pregar uma certa pacificação porque seria útil para ele, para o país e útil para o governo. E ele logo se convenceu, não teve dúvida em relação a isso”, contou Temer.

Após essa carta a categoria se desmobilizou na maior parte dos Estados, mesmo assim alguns grupos permanecem mobilizados, mas sem bloqueios.

Rodovias do Rio Grande do Sul não registram bloqueio

Nas rodovias gaúchas de acordo com informações das Polícias Rodoviárias não há registros de bloqueios por de caminhoneiros na manhã desta sexta-feira, 10 de setembro, segundo as polícias rodoviárias.

No início da manhã ainda havia grupos mobilizados em regiões como Cruz Alta, no Noroeste, nas imediações da BR-158, assim como no acesso a Passo do Sobrado, no Vale do Rio Pardo, pela BR-287.

Na região de Passo Fundo pelo terceiro dia consecutivo a manifestação dos caminhoneiros segue nas rodovias.  O indicativo foi feito pelos líderes do movimento em Passo Fundo, onde mesmo após pedido do presidente Bolsonaro para o movimento dispersar, o grupo segue paralisado.

Já na Serra, não há mais concentração de manifestantes no km 153 da Rota do Sul, no acesso a São Braz, em Caxias do Sul. O mesmo ocorre no km 64 da RS-122, no acesso a Forqueta, onde grupos de caminhoneiros chegaram a interromper totalmente o trânsito ao longo da manhã passada.

Três Estados permanecem com manifestações

O Ministério da Infraestrutura informou nesta sexta-feira, 10 de setembro, que apenas três Estados seguem com pontos de concentração de caminhoneiros em rodovias federais: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia. Ainda segundo o governo “não há pontos de interdição em rodovias federais” no momento.

Este é o terceiro dia de manifestações promovidas por caminhoneiros que são a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Recuo desagrada a ala militar

O recuo do presidente Bolsonaro sobre os ataques que proferiu ao Supremo Tribunal Federal (STF), e ao ministro Alexandre de Moraes, teria desagradado a ala militar do governo. De acordo com informações a avaliação feita por integrantes das Forças Armadas que atuam no Palácio do Planalto é que Bolsonaro mostrou “subserviência” a Moraes sem ter recebido uma contrapartida do ministro.

Na nota de recuo publicada ontem, o presidente afirmou que boa parte das divergências que tem com os demais poderes “decorrem conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas” pelo ministro no inquérito das fake news. Bolsonaro também apontou qualidades de Moraes, como “jurista e professor”, e disse que existem “naturais divergências” sobre algumas de suas decisões. Durante seu discurso no 7 de setembro, em São Paulo, o presidente chegou a chamar o ministro de “canalha”.

Outro ponto de crítica da nota de recuo de Bolsonaro teria sido o início da carta, quando ele afirma que não tinha “intenção de agredir quaisquer dos Poderes”. Para membros da ala militar está mais do que claro que o presidente quis ofender e dar um recado direto ao STF.

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