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Áreas de plantio de canola tem crescimento em toda região

Mesmo sendo uma planta sensível ao inverno rigoroso, o alto valor da oleaginosa anima produtores

Após a finalização das colheitas de verão, é hora dos produtores gaúchos prepararem as lavouras de inverno, e este ano tem surpreendido o aumento no número de hectares plantados, devido aos altos preços das culturas de inverno.

Na propriedade da família Vicenzi, na Linha Tunas, interior de Camargo, o cultivo da canola já é uma tradição. “Este ano plantamos 10 hectares de canola, diversificando entre outras culturas de inverno. Todo ano fazemos uma rotação de culturas, onde se planta canola em um ano no seguinte se coloca trigo, pois assim a terra estará limpa”, explica Valcir Vicenzi.

Houve uma tendência de concentração do plantio da cultura em junho, com perspectiva de aumento das áreas cultivadas na região devido ao preço do produto no momento atual, bem como em função das cotações para o período da colheita. Os custos de produção se apresentam elevados, principalmente devido ao aumento do custo da semente e do adubo.

Embora geada cause aborto de flores, o longo período de floração, típico da canola, que varia de 20 até mais de 45 dias, permite compensar a perda de flores. Mas mesmo assim não é uma cultura de manejo complexo. “Ela não precisa de muitos cuidados, mas é necessário cuidar para que não haja infestação de pragas, usando fungicidas para combater o mofo branco, para não ficar no solo e contaminar a soja que vem a seguir. São detalhes, pequenos cuidados, como uma boa adubação”, continua o produtor.

 Estado concentra mais de 90% da produção de canola do país

Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Canola (Abrascanola), o Rio Grande do Sul concentra 92% da produção da oleaginosa do país, sendo considerado um complemento ao sistema produtivo junto com o trigo, milho e soja, com a rotação de culturas, trazendo benefícios ao solo e ao que será plantado a seguir.

“A sensibilidade dela é a uma grande quantidade de chuvas ou local com umidade excessiva. A geada fora de época pode ser prejudicial também à planta, por exemplo, quando o grão está em formação ou na época de floração”, continua o produtor.

“As despesas para uma lavoura desta cultura não é tão cara e mesmo com uma quantidade baixa de produção, o valor alto cobre os custos do plantio. O ideal seria colher 20 sacas por hectare, mas em alguns anos não atinge 12, tudo depende muito das condições do tempo”, fala Vicenzi.

Na propriedade da família, onde é cultivada soja no verão, faz-se a diversificação com as culturas de inverno. “Um pouco da área que temos utilizamos para o plantio de pastagens para o gado, um pouco para o trigo, outra parte para aveia e canola. É importante o cultivo no inverno, principalmente o trigo, por causa da palhada produzida, que auxilia em manter a umidade do solo, que com a adubação e limpeza melhoram também a qualidade da soja, tudo é questão de cuidado e capricho no inverno para se ter uma boa safra de verão”, finaliza.

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