Cerca de 800 agricultores da região participaram na terça-feira, 10 de setembro, de uma mobilização realizada no Ministério da Agricultura, em Porto Alegre, promovida pela Fetag, Regional Serra do Alto Taquari e sindicatos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guaporé, Fernando Marcolin, dá mais detalhes. “O grupo reivindicou os descontos nos financiamentos prometidos pelo Governo Federal. Pedimos que viesse um novo decreto que contemplasse todos os investimentos com seguro particular ou seguro penhor, e também uma linha de crédito para cooperativas e cerealistas, com juros de 7 a 10% para o agricultor, e até oito anos para pagar. Ou seja, o agricultor pega esse recurso, quita com o cerealista, com a cooperativa e paga a longo prazo com juro de Pronaf”, frisa.
E comemora: “Esse decreto saiu com pressão dos agricultores que foram para a rua. O Governo Federal anunciou um novo decreto que agora contempla todos os custeios que não tem Proagro e os investimentos. Tanto agricultores com seguro do bem ou seguro penhor podem encaminhar autodeclaração com no mínimo 30% de perda e usufruir do desconto no momento que forem quitar seu financiamento, ou tem a possibilidade também de pegarem o desconto de 24% e prorrogar pelos próximos quatro anos seu custeio ou investimento. Conseguimos, a partir dessa semana, colocar em prática as autodeclarações para chegar nesse desconto. Os agricultores podem passar no banco ou no sindicato para verificar se têm direito. É mais uma conquista do movimento sindical, da Fetag e dos próprios agricultores”, salientou.
O grupo também teve uma reunião na parte da manhã para a questão de anistia no troca-troca, promessa do Governo Estadual. “Até então não saiu o decreto. Precisamos que saia do papel para esse desconto chegar até o agricultor”, disse. Ele também abordou sobre o projeto dos jovens que estão sendo contemplados com o financiamento pelo Feaper. “Tivemos uma grande demanda, mais de 10 mil jovens no Estado se inscreveram, mas tinha apenas R$ 6 milhões de recursos. Nós estamos reivindicando uma suplementação de valores que chegue até R$ 20 milhões para poder beneficiar mais jovens. Nesse projeto, o jovem entre 16 e 29 anos, pega de R$ 10 mil a R$ 25 mil tanto para custeio como para investimento, e devolve somente a metade”, explicou.