As duas casas históricas serão tombadas e restauradas, preservando a história de Ilópolis
O estudo realizado pela Univates para a realização do tombamento da Casa Rosa e da Casa Ocre foi finalizado após mais de dois anos de espera.
O prefeito Edmar Pedro Rovadoschi afirma que a demora para a entrega do estudo se deu por vários fatores. “Nós vínhamos cobrando a Univates pela entrega desse estudo, mas temos que entender que estamos em pandemia, e isso atrapalhou muito o desenvolvimento do trabalho. Contudo, está finalizado e agora podemos elaborar o projeto de tombamento”.
De acordo com o prefeito, o próximo passo é reunir o Conselho do Turismo para analisar o estudo e aprovar ou não. “Vamos marcar para as próximas semanas uma reunião com o Conselho, e submeter o estudo a aprovação. Se aprovarem seguiremos com a elaboração do projeto”.
Negociação com as famílias
Para o tombamento das casas é necessário ressarcir as famílias proprietárias das mesmas. Rovadoschi afirma que a negociação com as famílias já iniciou. “Com uma das famílias as negociações estão bem adiantadas e ao que tudo indica o tombamento será feito pelo município. Com a outra família não está definido, é possível que a Associação Amigos do Moinho assuma, é uma questão que ainda vamos resolver”.
Quanto à aquisição das propriedades, o prefeito conta que também é outra questão a ser definida. “Ainda não sabemos se faremos uma permuta com as famílias ou se vamos desapropriar. É necessário fazer a avaliação dos imóveis e analisar as questões jurídicas, até solicitamos um auxílio do Ministério Público, já que tem uma ação civil em tramitação, mas não obtivemos resposta até o momento”.
Uso dos imóveis
No caso da Casa Rosa, de acordo com Rovadoschi é possível que a família continue morando no local. “A família Zarbielli manifestou a intenção de continuar residindo na casa, ainda não sabemos se o Município ou a AA Moinho vai assumir o imóvel, mas acredito que não haveria problema em continuarem. A única ressalva é que provavelmente eles terão que concordar com a visitação, uma vez que ela será restaurada com recursos públicos”.
Já para a Casa Ocre o projeto prevê a transformação em uma pousada e um restaurante. “Ao meu ver temos que pôr essas casas à disposição da comunidade, então a Casa Ocre será transformada numa pousada, pois tem vários quartos, e no porão vai ter um restaurante. Será um espaço para receber turistas e também a comunidade local e regional”.
Resposta à comunidade
A intenção da Administração é iniciar a restauração da Casa Ocre ainda esse ano. “No caso da Casa Ocre, que a negociação com a família Tomazzini está bem adiantada, gostaríamos de começar a restauração ainda esse ano, não sabemos se será possível, mas é a nossa intenção. Penso que temos que tirar esse projeto do papel e dar uma resposta à comunidade, visto que, faz tempo que se discute essa situação e todos esperam um desfecho”.
Quanto aos custos da restauração, o prefeito afirma que ainda não é possível precisar. “Para termos uma ideia de custos precisamos do projeto pronto, sabemos que é um custo relativamente elevado, pois a restauração é algo minucioso, pois tem que manter as condições como a original. Porém, vejo como um investimento que irá preservar a história de Ilópolis e também dessas famílias”.