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Município expande plantio de erva-mate

Por Cibel de Oliveira

Morador do distrito de Itapuca, em Anta Gorda, Alzenir Comin é um dos mais antigos viveiristas da região, sendo que produz mudas de erva-mate há 42 anos. E a paixão por essa cultura é tanta que ele se tornou também ervateiro. Há cerca de um ano Comin adquiriu a Ervateira Itapuca, onde produz erva-mate cancheada e vende para a Barão do Cotegipe. A erva-mate é embalada com a marca própria e tem produção que varia de 7 a 10 mil quilos/mês.

A marca também abastece cidades como Caxias do Sul, Garibaldi, Guaporé, Passo Fundo, Veranópolis, Lagoa Vermelha, Vacaria e Sananduva. “Mas estamos numa época quem está de fora do mercado é difícil entrar, pois tem muitas marcas nas prateleiras. Tem também ervateiras com duas linhas de produto, uma mais cara e uma segunda linha que é mais barata, dentro de um mesmo supermercado. Quando há bastante produto, o comércio baixa o preço”, destaca ele.

 

Aumento da produção de erva-mate em Anta Gorda

Comin, que acompanha o setor ervateiro há mais de quatro décadas, percebe a expansão da área plantada no município de Anta Gorda. “Hoje quem planta erva-mate é porque tem certeza que fará uma boa colheita. Não plantam mais para arrancar futuramente. Embora a folha da erva-mate tenha reduzido na lavoura, não corre o risco de faltar”, iniciou.

E segue: “A região tem crescido muito em termos de produtividade numa pequena área. Em Anta Gorda, por exemplo, percebe-se aumento da produção de erva-mate principalmente em áreas onde não se consegue plantar outra coisa, senão erva-mate. Cerca de 65% da erva-mate produzida no RS é do nosso polo. O restante é produzido em Venâncio Aires, Machadinho, Erechim e Palmeira das Missões. São dados repassados pela Emater. Mas não conheço nenhum outro lugar no Brasil que produza tanta erva-mate em tão pouca terra como nós”, frisou.

Ele cita as comunidades de Linha Primeira, Santos Filhos, Moquém Alto, Moquém Baixo, Linha Contini, Carijo Grande, Linha Tunas e Itapuca como as que mais ampliaram a produção de erva-mate. “Porém, há uma grande preocupação em relação à falta de mão de obra para a colheita. Em Itapuca, por exemplo, temos cerca de cem moradores, sendo um grande número de idosos, e 12 propriedades já foram abandonadas. Ou seja, a mão de obra está cada vez mais escassa. Tem um produtor que tem uma família de paraguaios trabalhando com ele para poder suprir a demanda da colheita”, declarou.

 

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