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“O maior desmando da história de Anta Gorda está acontecendo nessa gestão, que eu tive a infeliz ideia de apoiar”

Vereador Alvimar Tremea faz desabafos em relação ao prefeito Francisco Frighetto, durante sessão ordinária

 

Os vereadores do município de Anta Gorda estiveram reunidos na noite da segunda-feira, 28 de agosto, para a última sessão ordinária do mês do Poder Legislativo.

Na ocasião, o presidente da Casa, Alvimar Tremea, fez desabafos em relação ao prefeito Francisco Frighetto, o “Xico”. Ele iniciou lamentando o fato de o chefe do Executivo ter determinado que as Secretarias não atendam nenhuma de suas reivindicações. “Mas quero aplaudir a Secretaria de Obras, principalmente, pelo atendimento a todas as solicitações. São pedidos que vem de encontro às necessidades da população”, disse.

 

Horas extras aos fiscais

Em seguida Tremea explanou sobre o número de ambulantes existentes no município. “Vemos uma montanha de horas extras sendo pagas especialmente aos fiscais do Município. Está quase se dobrando os salários com pagamento das horas extras, mas não se vê trabalho nenhum. A cidade está tomada de ambulantes. Ninguém faz nada, enquanto o comércio local está sendo lesado pela inoperância da fiscalização da prefeitura”, frisou. “É claro que os ambulantes também precisam ganhar para viver, mas acho que antes de qualquer coisa eles devem passar na prefeitura, se cadastrar e recolher o montante diário”, acrescentou.

 

Distrito industrial

Tremea ainda recordou que no início da atual gestão se reunia com o Executivo para montar um projeto político administrativo que compreendesse os quatro anos de Administração, buscando o desenvolvimento do município. “O que mais chamou a atenção na época foi a implantação do Distrito Industrial. Foi definido que seria feita uma rua entre a antiga Paquetá e a creche, com calçamento, água e energia elétrica para que as empresas desejassem se instalar, o  município ofereceria essa área. Porém, nós perdemos várias empresas nos últimos tempos como a Miotto, a Fratelli, a Arla, que demonstraram interesse, mas acabaram indo para Doutor Ricardo. E, recentemente, uma empresa do grupo Pecanobre procurou no Município uma área para se instalar e se tivéssemos o Distrito Industrial poderíamos oferecer”, pontuou.

O vereador seguiu: “O Município não tem oferecido condições para o desenvolvimento. Temos vários casos de empreendedores que se tivesse o Distrito Industrial poderiam implantar ou expandir suas atividades. Peço ao prefeito que tenha sensibilidade e coloque em prática aquilo que juntos nós pensamos. Xico se intitula o maior prefeito da história de Anta Gorda, o mentor de todas as ideias, o conhecedor de todas as leis, a maioria feitas por ele, que envergonham a gente”, destacou.

 

Obras

Tremea ainda, durante a sessão, citou a pavimentação encima do calçamento do Borghetto. “O dinheiro público está sendo rasgado por uma pessoa que está sentada em uma cadeira e não tem noção, que não sabe manejar um orçamento, que não sabe o que é receita e o que é despesa, que não tem capacidade de comprar uma caneta”, ressaltou.

Já sobre a obra da ponte sobre o Rio Guaporé, ele explanou: “Xico anunciou em alto e bom som na Linha Cabral que a ponte do Guaporé seria iniciada em novembro e citou o deputado Dirceu Franciscon, que para mim é o único genérico que não produz efeito nenhum. É um parasita das obras dos secretários. É um inútil na Assembleia Legislativa”, disse. “O secretário Juvir Costella, porém, disse que o projeto está desde 16 de dezembro de 2021 na mesa dele. O prefeito deveria se informar melhor e parar de mentir para a população. Ele deveria ter a sensibilidade de sair daquele celular e se orientar. O projeto ambiental referente à essa obra deve ficar pronto só no final do ano”, declarou.

A praça de Anta Gorda, segundo Tremea, foi colocada em desordem. “Olhem as coisas que uma pessoa que se diz gestor público está fazendo. Ele desarmonizou a praça, pintou o chafariz de verde, o que é uma vergonha, pintou as madeiras que eram naturais de branco e agora estão encardidas, enfim”, salientou.

E seguiu: “Agora ele está nervoso e ligando toda hora para a empresa que fez o projeto de eficiência energética que ele nem sabia que existia. Esbravejou quando descobriu que eu soube antes dele que fomos contemplados com R$ 1,8 milhão. Ele que vá na Eletrobrás e mostre o peso político desse inútil, e pare de encher o saco dizendo que precisa inaugurar essa obra antes das eleições. Ele nem sabe o que está falando”, enfatizou.

Tremea também explanou sobre a ausência do prefeito em eventos importantes. “Ele sequer foi na abertura da Mostra Guaporé quando autoridades de todo o Estado estavam lá. Aí no outro final de semana, quando não tinha ninguém lá, ele e o secretário Junior Maso, que é outro inútil e aparece na Secretaria uma vez por semana, foram acredito que comprar lingerie”, colocou.

 

“Há uma guerra entre os funcionários, assédio moral e perseguição”

Quando se discutiu orçamento e reforma tributária, conforme Tremea, estavam todos os prefeitos presentes, “Mas Xico, que se diz o maior gestor, não estava. Ele desarmonizou toda a prefeitura, há uma guerra entre os funcionários, assédio moral e perseguição. Se eu vou na prefeitura falar com algum funcionário, essa pessoa é chamada para dar satisfação do que eu falei. Estão constrangidos, com medo”, destacou.

“Ele fica ameaçando que as pessoas tem que se filiarem num partido. Nessa semana, por exemplo, fecharam uma Secretaria e chamaram os cargos de confiança (CCs) às 16h para fazer uma reunião político partidária dentro da prefeitura em horário de expediente. É uma vergonha. O maior desmando da história de Anta Gorda está acontecendo nessa gestão, que eu tive a infeliz ideia de apoiar. Mas se eu ajudei a construir, vamos desmanchar. Em razão de o prefeito não nos ouvir, por incompetência dele, o Município de Anta Gorda perdeu mais de R$ 3 milhões de arrecadação”, lamentou.

“Na Secretaria de Obras cada um faz o que quer, quando quer, onde quer e a hora que quer. Nos sábados de manhã, caminhões e máquinas da prefeitura estão na mão de operadores não habilitados puxando lenha nas casas. Tudo isso vamos investigar e levar ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas. Ele está destruindo o patrimônio público e é triste ouvir que Anta Gorda sumiu do mapa enquanto nosso agricultor, nosso empresário é arrojado”, declarou.

 

“De quem é pouco como ele é, não se pode esperar nada”

Tremea ressalta que para Xico, sempre há um culpado. “Mas essa Câmara não errou em nada, talvez errou em aprovar o projeto dos R$ 3,5 milhões de financiamento, o qual no ano que vem vamos começar a pagar, mas o Município vai ter compromissos, ações na justiça, precatórios e vamos tirar dinheiro de onde? Vamos entrar em um colapso em 2024/2025. Todos os prefeitos estão freando arrecadação, mas ele rasga dinheiro como se tivesse. Enfim, de quem é pouco como ele é, não se pode esperar nada”, frisou.

Ele encerra revelando que não tem interesse em concorrer a prefeito. “E se for para disputar com ele eu me nego, pois é se rebaixar, é descer muito na escala dos méritos de competência”, finalizou Tremea.

Áudios de profissionais do Município circulam pelo WhatsApp

Nesta semana, circulou pelo WhatsApp um áudio encaminhado por uma profissional da Saúde encaminhado ao secretário de Educação, Gustavo Arossi, referindo-se a uma diretora de escola do Município de Anta Gorda,

A profissional menciona que teria atendido uma professora, que teria tido um episódio de conflito com a diretora da escola. “Não só por ela, por outros relatos que eu tenho atendido também, eu acho que vocês vão ter que averiguar bem isso tá?”. Ela segue dizendo que, embora a diretora da escola seja uma ótima gestora, “ela desmerece as pessoas, questiona atestados, ela debocha de certas condutas nossas, então o que aconteceu hoje aqui, a paciente chegou aqui quase que em surto”, disse.

Ainda, a profissional da Saúde menciona que dos casos, esse não seria dos mais graves, mas que diante dos fatos, há um abuso psicológico que pode resultar em consequências para a Prefeitura. “Eu te conheço, sei que tu é uma pessoa justa, uma pessoa correta, mas eu não sei se lá estão falando a mesma língua. Então assim, sei que ela é eficiente, sei de todas as qualidades dela, mas eu tenho outra visão diante de tantos relatos, há tanto tempo que tenho. Funcionários quase todos descontentes, essa moça chegou aqui aos prantos. Fiquei com pena dela, de verdade. Ela gosta do que ela faz, ela diz que foi chamada de mentirosa. Então assim, está muito doida. Então para ela não tomar nenhuma atitude mais drástica, eu dei uns dias para ela pensar em casa, dei um calmante, mas não sei, uma hora vocês vão enroscar o pelego lá eu acho. Porque assim, é muito abuso encima dessas funcionárias”, mencionou no áudio.

Após ter acesso ao áudio, a diretora da escola encaminhou uma resposta à profissional da Saúde, sendo que o conteúdo deste também já circula com frequência pelo WhatsApp. “(…) Eu recebi um áudio seu e não sei qual a versão que as minhas funcionárias estão te falando, e eu acho que você nunca foi, claro, uma diretora ou encarregada de setor para saber o que se passa quando falta gente. E eu não sou uma pessoa debochada não (…) eu sou uma pessoa que me dedico muito no que eu faço. Fiquei muito triste quando ouvi o seu áudio. Não achei que fosse uma profissional a esse tipo. Sempre admirei muito o teu trabalho, admiro. E nunca debochei de uma funcionária minha, muito pelo contrário, trato elas todas muito bem”, diz.

A diretora disse que quando as coisas estão erradas, precisam ser corridas, e que iria até a Delegacia de Polícia registrar uma ocorrência policial. “Sinto muito por isso. Sinto muito mesmo. Porque nunca pensei em me incomodar com ninguém. Eu faço daquela escola minha casa, aquelas crianças eu amo de paixão. E ouvi esse áudio que eu ouvi hoje de manhã, para mim acabou com o meu dia. Eu vou pedir minha demissão segunda-feira”, referiu.

Ainda, a diretora diz à profissional da Saúde que antes deveria ter ouvido as duas versões da história. “É claro que o empregado sempre quer dizer que o patrão é ruim. Eu acho que você sabe muito bem disso. Então (…) quando quiser conversar comigo, venha na escola, venha ver como é o nosso serviço lá, você vai se apaixonar por aquela escola, que eu amo de paixão”, disse.

Para encerrar, a diretora encaminhou um segundo áudio questionando a profissional da saúde sobre o ter mencionado que haveria abuso psicológico. “Você tem como provar isso? Eu faço isso? Então você vai lá e fala com as minhas funcionárias, você vai lá antes de mandar esse áudio e fala com as minhas funcionárias. Se ela foi aí e deu a versão dela, você vem lá na escola, conversa com a gente e vê qual a versão da nossa história. Claro que o patrão é sempre o mal visto na história, você tem como provar que eu faço abuso (…)? Agora sim eu vou meter a Prefeitura no cano. Agora sim, eu que vou meter a Prefeitura no cano”, finalizou.

 

 

 

 

Profissional da saúde afirma que também irá ingressar na Justiça

A profissional de saúde, após receber as mensagens da diretora da escolha, lhe respondeu através de áudios que circularam com frequência no WhatsApp deste ontem, dia 31. Em sua fala, ela diz que não está em horário de trabalho e que havia encaminhado seu posicionamento ao secretário de Educação, e que irá processá-lo por ter repassado a conversa. “Acho que tu tá fazendo tempestade em copo d’água, isso era para ser uma conversa entre eu e ele, se chegou até ti dessa forma, paciência, eu reponho tudo o que falei, não desdigo nada do que falei”, disse.

Ela segue mencionando que as queixas não seriam de apenas uma funcionária e que a diretoria deveria repensar suas atitudes, como diretora ou como gestora. A profissional diz que tem conhecimento sobre o que a diretora fala na escola e menciona: “tu é uma petulante, tu desdiz dos nossos atestados, do meu e do (…), tu rasga atestados, então tu te bota no teu lugar, certo? Tu não é médica para fazer isso, tu desmerece os nossos atestados e nós temos provas contra isso também, então vamos lá, se é briga que tu quer, é briga que tu vai ter”.

Nos áudios seguintes, a profissional se exalta e diz que se a diretora que pedir demissão, que peça e aumenta a entonação dizendo “para de me encher o saco”. Ela diz ainda que é a segunda vez que a diretora lhe importuna fora do horário de serviço, questionando o atestado de uma funcionária que o filho estaria com “pé mão boca”, afirmando que ela queria forçar a funcionária a comparecer e contaminar os outros alunos.

Ainda, ela menciona que iria registrar ocorrência de que a diretora fazia as funcionárias da escola irem trabalhar mesmo contaminadas com conjuntivite, e afirma ter tudo registrado. “E vou botar todo mundo no pau, no pau se caso tu não entenda, é botar todo mundo na Justiça. Segunda-feira vai todo pro pau, vai Xico, vai Andréia, Guto Arossi, vai puta que pariu, todo mundo vai pro pai. Eu estava no meu horário de serviço, estava tentando resolver um problema interno, mandei um áudio pro secretário de Educação, que com toda sua ética manda o áudio pra ti. Não que eu retire uma palavra do que eu falei, eu não retiro uma palavra do que eu falei porque eu não sou disso”, disse. E complementou falando que o encaminhou ao secretário foi com base no que três professoras relatam. “É encima dessas três pessoas que vem lá e cansam de dizer para nós que tu rasga atestado, que ofende elas quando elas vão com atestado nosso, certo?”, finalizou.

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