Moradores estão indignados com a situação, que além da perturbação do sossego, gera acúmulo de lixo, depredação do patrimônio e sensação de insegurança
Há algum tempo estão acontecendo eventos clandestinos junto ao pavilhão aberto do Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio, na Linha Quarta Santo Antônio, no interior de Arvorezinha.
Com a proibição da realização de eventos pelos órgãos públicos, muitos jovens têm ignorado as restrições e procurado criar alternativas para o lazer. Uma das opções tem sido as festas clandestinas, realizadas em locais mais afastados.
Nas noites dos finais de semana, tem sido registrado movimento aos arredores do Santuário, de sexta-feira a domingo.
“O movimento de carros, gritos e som alto é intenso e ensurdecedor, os moradores têm reclamado, feito denúncias, mas ninguém toma providências”, conta um morador das proximidades, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
Um grupo de moradores da comunidade, que zela pelo local, está desolado pelo vandalismo e desrespeito ao Santuário, que é um local de fé e peregrinações.
Após os eventos, os moradores precisam se reunir e recolher o enorme volume de lixo deixado, para que a imagem do local não fique comprometida e os peregrinos que procuram o local para suas orações e promessas acabem desistindo de ir até o Santuário.
Algumas vezes, para recolher corretamente e descartar o lixo no local apropriado, é preciso um grande esforço, uma vez que o recolhimento por parte do município acontece só uma vez por mês e o acúmulo é grande.
“A gente não proíbe e nem pode, mas pede a colaboração, cuidado e respeito com o espaço”, pede uma moradora.
Os moradores que zelam pelo Santuário receberam doações e recentemente fizeram a nova pintura da estrutura e restauração da imagem da Nossa Senhora, o que foi classificado como um ato de muita fé de todos os envolvidos.
No entanto, um outro morador pediu para que todos os visitantes zelem pela limpeza e conservação do Santuário. “Solicitamos a todos os visitantes que utilizem os locais apropriados e indicados para a queima das velas, para evitar acidentes e depredações ao patrimônio”, diz.
Ainda, durante as madrugadas chamam a atenção os rachas automobilísticos realizados na localidade. “Há um risco enorme de acidente, são cavalos de pau, rachas e sabe-se que a via é perigosa, curvada, que não tem acostamento, e geralmente o pessoal que faz isso, seguidamente está alcoolizado ou sob efeito de drogas”, refere um morador.
O grupo de moradores prefere não se identificar, pois após algumas publicações em páginas particulares nas redes sociais, receberam ameaças e provocações na porta de suas casas, e a situação tem gerado apreensão e medo nos moradores.