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Alta nos preços da gasolina assusta o consumidor

Desvalorização da moeda brasileira é um dos motivos para o aumento na gasolina, diesel e energia elétrica

Uma grande preocupação que está assolando grande parte da população brasileira são os reajustes nos preços do combustível e no gás de cozinha, que têm sido frequentes nos últimos dias.

De acordo com o comunicado divulgado pela companhia na última semana, o reajuste pode chegar a 3,34%, desde o início de 2021, a gasolina já teve reajustes nove vezes.

Até chegar ao consumidor final ainda são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição de materiais, além dos custos e margem de lucro das companhias distribuidoras e dos revendedores.

Segundo a gerente do posto de combustíveis Kiko, localizado no município de Camargo, Kiara Pagnussat, os aumentos na gasolina causam angustia aos proprietários. “Nós, revendedores, precisamos repassar os aumentos para manter as contas em dia, porém, sabemos que a situação está complicada e sempre acabamos não repassando todo o valor para o consumidor final. Por isso, nossa margem está cada dia menor. Infelizmente, são vários fatores que causam esses aumentos, nós também precisamos estar toda hora buscando entender o porquê de cada alteração de preço, para tentar explicar ao nosso consumidor” explica.

“Sempre digo aos nossos clientes: vocês podem ter certeza que a gente faz o melhor preço que pode. Pois entendemos o quão doloroso é esse sentimento de que o nosso dinheiro ‘não vale mais nada’. Gostaria de ressaltar o quanto é importante que o consumidor pense no seu município e valorize o comércio local como um todo. Precisamos nos ajudar e entender que tudo é uma cadeia”, finaliza Kiara.

O Estado do Rio Grande do Sul é o segundo colocado no valor mais alto de combustíveis praticados no Brasil. Os valores praticados nos postos da região podem variar, mas estão todos quase alcançando a marca de R$7 o litro. Em Ilópolis os preços chegam a R$ 6,25 a comum e R$6,35 aditivada. Já no município de Camargo, os valores ficam R$6,36 comum e R$6,48 aditivada.

Todos os setores econômicos sofrem com o aumento dos combustíveis

Uma das empresas mais tradicionais do município de Arvorezinha, a Vesatti Utilidades, trabalha diretamente com vendedores externos e o aumento dos combustíveis está impactando diretamente no trabalho que realiza na região. “A despesa mais significativa no nosso setor sempre foi o combustível, e nos dias de hoje com os reajustes recorrentes, vem aumentando consideravelmente nossos gastos, e isso acaba impactando em um todo, desde a margem reduzida para a empresa, para o vendedor e até o consumidor final tendo que arcar com um percentual destes aumentos”, explica Rafael Zenatti, proprietário da empresa.

“Espero que nossos governantes, principalmente estaduais, olhem para a classe trabalhadora e aliviem alguns impostos incididos no petróleo, creio que todos nós seríamos beneficiados, juntamente com economia nesse momento de retomada e assim diminuindo a inflação que sofrem os produtos para os consumidores finais”, finaliza Rafael.

 

A erva-mate e a dificuldade de manter os preços acessíveis

A produção de erva-mate impulsiona a economia na região e também está a cada dia sofrendo mais com a alta dos preços, não apenas de combustíveis, mas sim com tudo que é necessário para que não falte chimarrão na casa dos gaúchos.

O empresário do setor ervateiro, Adriano Fassina, proprietário da empresa Natumate, explica como está a situação em um setor que cresce a exportação, mas não está conseguindo manter os custos para produção.

“Está sendo um momento muito delicado para segurar os custos. Está difícil trabalhar nessas condições, pois não são apenas os combustíveis, mas sim toda uma cadeia de aumentos que incidem desse alto custo. Impacta no transporte da lavoura até a ervateira, da empresa fazer o carregamento e distribuição. São custos com pneus, com embalagens, com insumos, com folha de pagamento, não estamos mais conseguindo absorver os custos elevados e assegurar o preço baixo ao consumidor final”, explica Adriano.

Fassina explica que neste momento, infelizmente, o preço da erva mate precisará ser reajustado também. “No momento que nos encontramos o repasse será inevitável, pois a margem com que vínhamos trabalhando até o momento não está sendo suficiente para garantir e cobrir as despesas de produção”, continua.

“A erva mate é um produto que precisa ser valorizado, pois faz a nossa economia girar. O preço pago por ela precisa ser justo. Considerando as elevações de preços em todas as mercadorias, ainda conseguimos manter um produto de qualidade com um valor acessível. O aumento será inevitável devido aos altos custos de insumos, mas esperamos que logo seja normalizado”, finaliza.

Empresário do setor ervateiro fala das dificuldades de manter os preços
Proprietário da Vesatti fala do impacto direto no aumento dos combustíveis e nas vendas da empresa

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