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Costureira, profissão em extinção

A 53 anos no ramo, profissional explica a paixão pela costura e o gosto pelo artesanato

Atuando na profissão de costureira desde os 15 anos, Elza Sgarbossa, hoje com 67 anos, conta com muito orgulho um pouco da sua rotina na profissão. Mãe de três filhos, sendo duas mulheres e um homem, ela conta que começou a costurar graças a um curso feito na juventude: “a irmã Dolores do sindicato, aqui de Arvorezinha, organizou um curso em Itapuca, e na época nós éramos em bastante mulheres, e esse foi o primeiro curso que fiz”, conta a profissional. “As primeiras peças, ninguém conseguia vestir, aliás estraguei muito tecido no começo”, emenda sorrindo a costureira.

Atuando no mesmo endereço há 40 anos, hoje Elza é uma referência na cidade e na região: “hoje todos me conhecem e sabem como trabalho e o que faço, pois realizo serviços para muitas pessoas e empresas de fora de Arvorezinha também, e isso é muito gratificante, isso nos motiva cada vez mais”, comenta Elza, que segue: “é um trabalho que nunca parei. As minhas filhas até sabem costurar, mas nenhuma quis seguir minha profissão”, afirma.

A profissional explica que uma das dificuldades do mercado, hoje, é encontrar alguém que queira trabalhar no ramo: “é uma profissão em extinção, hoje não se encontra mais costureiras”, lamenta.

Dona de um talento invejável no manuseio da máquina, Elza diz que casou com 26 anos e sempre ajudou no sustento da família com o trabalho no ateliê: “tenho muito orgulho da minha história e da minha profissão, afinal de contas são 53 anos de profissão”, comemora.

No ateliê da profissional, além dos tradicionais consertos em roupas e peças de tecidos, também são confeccionadas peças sob medida, como camisas, camisetas e principalmente  vestidos: “faço todo  o tipo de serviço que o cliente me peça, e uma das minhas especialidades são os vestidos de festas e vestidos de prenda, onde uso muita técnica e arte nas confecções das encomendas”, explica, se orgulhando de atender todos os tipos de pedidos dos clientes: “trabalho com todos os tipos de tecidos e aviamentos. Comigo, pedido feito é pedido entregue”, brinca.

Costureira na concentração do trabalho

Boa parte dos serviços são feitos pela própria costureira, que conta com a ajuda de uma funcionária que trabalha somente alguns dias da semana. “É um trabalho muitas vezes desafiador, mas  gratificante”, acrescenta.

Costureira e Artesã

Integrante do Colegiado do Artesanato no Rio Grande do Sul e vice-presidente da Artear (Artesãs de Arvorezinha), que conta com 12 artesãs do município no quadro, Elza explica que o artesanato também está em suas veias: “amo costurar e amo fazer artesanato, que também envolve tecido”, diz ela, destacando os trabalhos do grupo: “somos 12 sócias e todas nós desempenhamos papéis importantes na confecção dos trabalhos artesanais como pintura de panos de prato, bordados, crochê, tricô, enfeites e decorações, e agora teremos um espaço para comercializar nossos produtos”, comemora.

Elza se refere ao espaço cedido pela Secretaria de Cultura junto a Praça Dorival Scipione, onde no domingo, 13 de novembro será aberta uma loja somente de produtos artesanais: “será um espaço onde vamos poder expor e vender nossos produtos. Só temos a agradecer o apoio da secretária Gesmari Zen e a todos os nossos incentivadores por nos apoiarem nesse projeto”, finaliza.

Alguns produtos feitos pelas artesãs do Artear

 

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