O projeto elaborado juntamente com a Sema está na fase de captação de recursos, e em breve será iniciado
A Secretaria de Educação e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Agrícola Florestal e Ambiental (Emafa) estão construindo um projeto em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), para a implantação de estufas para a produção de alimentos, flores e mudas de árvores nativas.
Esse projeto, de acordo com a secretária de Educação, Sandra Faion Forti, é uma continuidade no trabalho que a escola já desenvolve. “Estamos na fase final do projeto, na captação de recursos, ele está sendo encaminhado com duas empresas. Estamos adequando os valores, pois esse projeto foi elaborado há mais de um ano, precisamos fazer ajustes, e acreditamos que logo ele começará a ser implantado. Ele vai fortalecer ainda mais o trabalho que já é desenvolvido na Emafa”.
A proposta inicial da escola sempre foi a questão ambiental e produção de mudas e flores. A secretária afirma que com a nova estufa, essa vocação poderá ser mais explorada. “Esse projeto vai enriquecer a aprendizagem, enriquecer a proposta da escola com alguma coisa que valorize a produção, que valorize o aprendizado nesta área. Nós temos as condições necessárias como solo adequado e espaço, então isso só vai fortalecer a riqueza da escola, que é a educação ambiental”.
Sem custo
Outro ponto importante do projeto destacado por Sandra, é que o município não terá custo para a implementação e a duração será de 36 meses. “Teremos todo o suporte por 36 meses, todos os custos serão pagos pelas empresas que patrocinarem o projeto. Esses recursos são repassados por essas empresas, em substituição ao pagamento de multas aplicadas a elas pela Sema. E claro, depois dos três anos podemos tentar um outro convênio, ou seguir, afinal a estrutura estará na escola”.
Escola como viveiro municipal
O diretor da Emafa, professor Marcelo Antonio Rabaiolli, explica como é o funcionamento do projeto. “O projeto dá continuidade ao que a escola já faz. Ele consiste na construção de duas estufas com o sistema de irrigação, uma estufa de 51 metros, em substituição a nossa estufa que é antiga, e uma estufa nova de 40 metros. O intuito do compromisso da escola em relação ao projeto é a produção de 15 mil mudas de verduras hortaliças por ano, 10 mil mudas de árvores nativas por ano e a produção de 40 mil mudas de flores. Então, além da alimentação orgânica que a gente já produz na escola para a merenda escolar, que vai desde o feijão, a batata, alface, couve, vamos voltar a produzir as mudas de árvores nativas e flores. Hoje a gente tem uma quantia muito pequena de produção na escola também devido à falta de espaço”.
De acordo com o diretor, a escola vai ser praticamente um viveiro municipal, onde o Poder Público e a população poderão encontrar as mudas para reflorestamento e embelezamento da cidade. “Nós vamos produzir essas mudas e colocar a disposição da comunidade, elas não serão vendidas. Esse projeto tem o intuito de estimular o reflorestamento em áreas degradadas de mata ciliar, seria esse o intuito principal. Com relação às flores, produziremos para o município plantar nas ruas da cidade, nos canteiros das ruas, na praça, enfim, que a gente possa criar corredores ecológicos para tentar estimular a proliferação de abelhas”.
O diretor complementa: “mais que isso, estamos dando sequência ao que já fazemos, envolvendo o aluno dentro das práticas, que é o intuito principal, que tudo isso vire aprendizagem. Com isso, a escola continua produzindo alimento orgânico e volta a produzir flores para plantio, e os alunos vão aprendendo com tudo isso. Não basta só as disciplinas do currículo, os alunos têm aula toda semana de legislação ambiental, de agricultura, de zootecnia. É fundamental que os alunos aprendam a trabalhar dentro de uma área protegida. Tendo as estufas, eles aprenderão a fazer o trabalho, o manuseio dentro de área protegida, que também pode ser um estímulo futuro para o aluno investir na sua propriedade”.