A colheita da safra de soja 2017/2018 está sendo finalizada na região e o que está animando o sojicultor é o preço pago pela saca de 60 quilos, que, comparado ao último ano teve um aumento de R$ 18.
Segundo dados, no começo deste ano a saca estava cotada a R$ 63 aumentando para R$ 77 agora. No mesmo período de 2017, o valor comercializado era de R$ 59.
A safra desse ano teve um decréscimo de 10% em comparação ao ano passado, ainda assim, o produtor está contente, pois mesmo colhendo um pouco menos, o preço em comparação a 2017 está melhor.
A Unnilodi Agronegócios, empresa de armazenagem de grãos, localizada na Linha Campo Bonito, interior de Itapuca comemora a colheita da soja junto aos produtores. “Para nós a maior alegria é ver o produtor sendo bem atendido, estando contente com o valor recebido pela saca, porque é aqui que ele deposita todas as suas esperanças”, acrescentou o gerente da Unidade, Anderson Silvestri.
Esse é o segundo ano que a Unnilodi atua na região. Em 2017, a empresa iniciou o recebimento de grãos no final da safra. “A safra do ano passado foi mais cedo com relação a esse ano”, comentou Anderson. O registro de recebimento de 2017 foi de 30 mil sacas.
Nesse ano, com a inauguração oficial, a Unnilodi quadruplicou o recebimento de grãos e prevê um aumento ainda maior para os próximos dias. “Até o momento recebemos 110 mil sacas e temos uma estimativa de, até o final da safra, chegar a 170 mil sacas”, disse.
A empresa utiliza como base, o preço da Cotrijal e paga mais R$ 3 encima da saca. “Mantemos esse preço todo o ano, pode virar ano que não terá mudança no valor. Pagamos a mesma quantia para todos os produtores, independentemente de localidade. Essa é uma forma de valorizar os sojicultores de forma igualitária”, afirmou.
De acordo com Anderson, a Unnilodi tem planos de aumentar a capacidade de recebimento para o próximo ano. “Nossa expectativa com relação à região está sendo alcançada e estamos muito felizes com os produtores”, finalizou.
O produtor de Soja, Dilamar Ferreira Borges, comemora o aumento do valor pago por saca. Ele trabalha há 15 anos com a atividade. Nessa safra plantou 400 hectares distribuídos nos municípios de Itapuca, Nova Alvorada e Soledade.
Segundo Borges, nunca se conseguiu compensar o custo por hectare. “Temos um custo de 30 sacas para se colher 65 por hectares. Pela despesa que tivemos de insumos, adubo e aumento do diesel, o custo é de R$ 83 a saca para o plantio, porém a expectativa que tínhamos não era de aumentar tanto assim como aumentou. Então está muito bom, está chegando próximo do custo que tivemos”, contou.
Dilamar afirma que esse é o melhor preço pago em relação aos últimos oito anos. “Há alguns anos o valor era R$ 28 e foi a R$ 53, depois caiu de novo. Esse ano é o recorde”.
Ferreira fornece a produção para as empresas Unnilodi, Coagrisol e Cepal. “Precisamos de parceiros no agronegócio”, finalizou.
Bons preços animam produtores de soja da região
