Cerca de 30 representantes do setor ervateiro e de órgãos públicos acompanharam a segunda assembleia organizada pela AA Erva-Mate para tratar sobre a identificação geográfica da erva-mate (IG).
A atividade ocorreu na sexta-feira, dia 08, na sede da Câmara de Vereadores de Ilópolis. Durante o encontro, os participantes deram aval para uma comissão realizar as próximas etapas da identificação geográfica.
Conforme o coordenador da comissão e secretário de Agricultura de Ilópolis, Jurandir Marques, uma reunião técnica será realizada com profissionais para elaboração do projeto de identificação geográfica. A data ainda não está definida.
Em concomitância a isso, a comissão também irá elaborar uma correspondência assinada por todas as associações locais envolvidas no IG e encaminhá-la ao Sebrae, entidade que irá colaborar no processo de identificação geográfica. “Queremos mostrar o nosso interesse em ter identificada nossa produção de erva-mate”, pontua.
Além de Marques, a comissão é formada por Bruna Baratto (bióloga), Angelo Viega (secretário de Agricultura de Arvorezinha), Fabiano Zenere (Emater/RS-Ascar), Ismael Rosset (AA Erva-Mate), Joelmo Balestrin (secretário de Agricultura de Anta Gorda), Liane Klin (Sebrae), Mirlei Bassani Bozzetto (bióloga) e Roberto Ferron (Ibramate).
Principal projetoda AA Erva-Mate
Presidente da AA Erva-Mate, Ismael Rosset destacou as vantagens do IG, como a possibilidade de gerar mais valor à erva-mate após a comprovação da qualidade do produto local.
Rosset citou que a identificação geográfica é o principal projeto abarcado pela AA Erva-Mate. “Fizemos toda uma alteração no nosso estatuto para atender a identificação e queremos envolver toda a sociedade de uma forma positiva para garantir o selo do IG”, ressalta.
Expectativa de cinco anos
Presente no encontro, a coordenadora regional do Serbae, Liane Klin esclareceu que o processo do IG é realizado através do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Caberá ao Sebrae e demais entidades envolvidas realizar todo um levantamento de informações para dar credibilidade à identificação. “Temos que fazer todo um mapeamento histórico da erva-mate na região e as características da planta, além de definir as empresas e produtores rurais que irão participar e fazer a rastreabilidade da erva-mate, desde seu plantio até o processamento na fábrica”, esclarece Liane.
Conforme ela, a expectativa é que a identificação seja conquistada após cerca de cinco anos.
Maisengajamento
O número de pessoas presentes no encontro preocupou os responsáveis pelo IG. O projeto inicial pretende englobar mais de dez municípios e algumas centenas de produtores e ervateiros, entretanto nos dois primeiros encontros o número de participantes não passava de 50 pessoas.
Marques fez um chamamento para que todos os profissionais envolvidos com a erva-mate apostem na identificação geográfica. “É preciso que cada um faça um exame de consciência sobre o que quer para o futuro do setor ervateiro”, pontuou.
Prefeito de Ilópolis, Edmar Rovadoschi destacou a necessidade do engajamento dos representantes do setor ervateiro. “Como poder público, nós estamos dando o pontapé inicial, mas é preciso que o produtor e empresas contribuam com a sua parte”, ressalta.
Rovadoschi irá levar o assunto para a reunião do G10 para informar os demais prefeitos sobre o IG e instigar o incentivo para que mais produtores participem do processo de identificação.